Originalmente publicado na edição Set/Out-2000 da revista Tema.

Em Nova York, um taxista investe na bolsa de valores enquanto dirige seu táxi. Em Los Angeles, um julgamento de assassinato pode ser anulado devido a notícias da mídia, que chegaram ao computador portátil de um dos jurados. E em São Paulo, o hospital Albert Einstein desenvolve um sistema para controle dos pacientes e medicamentos através de computadores portáteis equipados com leitores de código de barras e transmissores. Essas três situações, aparentemente tão antagônicas, têm em comum um mesmo protagonista, o Palm Pilot.

Esse pequeno computador tem mudado a vida de muitas pessoas e parece estar mudando o mundo bem diante dos nossos olhos. Além de organizar a vida do usuário com agendas e programas específicos, mantém-se constantemente sincronizado com os arquivos do computador de mesa e pode ser conectado a Internet, permitindo a navegação em sites e troca de e-mails.

Basta um pouco de atenção aos acontecimentos ao seu redor para ver que situações envolvendo o Palm não são tão incomuns e, na realidade, ocorrem com muito mais freqüência do que se imagina. É cada vez maior o número de estudantes que leva o Palm para as escolas e faculdades, no lugar dos cadernos; um grande número de jornalistas e executivos prefere o Palm ao notebook em suas viagens a trabalho; e um sem número de profissionais de diversas áreas utiliza o Palm como ferramenta de trabalho e organizador pessoal.

Usuários tão distintos e profissionais de diferentes áreas têm em comum uma nova forma de agir diante de situações e comportamentos antigos. Eles trocam cartões de visita eletronicamente, utilizando o sistema de infra-vermelho, lêem livros e jornais eletrônicos na tela do Palm, efetuam transações bancárias onde quer que estejam, fazem anotações digitais, a exemplo do que se fazia nos antigos blocos de nota, e escrevem seus memorandos e consultam planilhas inteiras armazenadas no pequeno computador. Nas horas de lazer, têm à disposição centenas de jogos, além de câmeras digitais, aparelhos de MP3 etc., que podem ser acoplados ao Palm.

Como ler livros, jornais e desenvolver atividades em uma tela tão pequena? Parece uma realidade estranha e até mesmo improvável. Certo? Errado, grandes jornais como o Le Monde, Clarín e New York Times mantém versões diárias e gratuitas para os usuários Palm. Estranho para os usuários Palm é não poder ter, a qualquer hora e em qualquer lugar, o mundo na palma da mão e em uma tela bem pequena.