outro.poema@eletronico
(Trilogia do Futuro - momento de revolta)
moderno
transitorio
fugaz…
…efemero
compatibilidade total
a ultima revolucao de costumes
a ultima moda
e a gente nem se ve
nao se fala, nao se beija
nao se ama
se entende, se atura
se compreende
loucura!
e voce tao classica e eu tao moderno—na vida
e eu tao classico e voce tao moderna—no amor
loucura!
loucura eletronica…
matou o ultimo poema shakespeariano
o ultimo amor
o ultimo suspiro da maquina de escrever
da caneta Mont Blanc
e ultima rosa do jardim
digitalizada
perpetuada sem perfume
causou eterno sofrimento no poeta
que morreu datilografando o ultimo poema
—que foi transcrito,
tambem digitalizado,
imortalizado
como o poeta nao queria—
derramando a ultima lagrima passional da ultima amada
que por sua vez tambem foi digitalizada
por fim,
o amor foi compactado, restrito a um arquivo qualquer
de uma ala qualquer
de um museu qualquer
da world wide web…
Vladimir Campos
30.10.1995
“Donde conclui-se que somos a última geração de uma velha civilização e a primeira geração de uma nova, que grande parte de nossa confusão pessoal, angustia e desorientação pode ser diretamente atribuída ao nosso conflito interno e ao conflito no cerne de nossas instituições políticas, entre a civilização agonizante da Segunda Onda e a civilização emergente da Terceira Onda clamando para assumir o seu lugar.
Quando, finalmente, compreendermos isso, muitos eventos aparentemente sem sentido de repente tornar-se-ão compreensíveis. (…) Em suma, a premissa revolucionária libera nosso intelecto e nossa vontade.
—Alvin Toffler (Criando uma nova Civilização)
* Originalmente publicado no meu antigo site DigiCampos.com
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